10.2.14

Forget Forever - 8º Capítulo

7

"Se há uma chave para o seu coração, ninguém a encontrou ainda." - Outlaw, Selena Gomez




Justin POV


- Que porra você disse?
- Que vou matar você! Seu estúpido!
- Garota, é mais fácil que eu te mate. - Eu dei um tapinha na arma para enfatizar. - E espero que você me dê um bom motivo para estar aqui antes que eu o faça.
- Fique com suas ameaças falsas para você. Sua mãe, Bieber! Ela está internada quase morrendo porque você sumiu e não deu notícias. Ela acha que você morreu!
- Minha mãe... O quê?
- Isso que você ouviu! Seu idiota!
- Cale a boca, vadia!

Afundei os dedos em meu cabelo. Minha mãe... Internada por minha culpa.

- Viado! Inútil! Nunca mais fale assim comigo! Engula sua própria língua antes de me chamar disso de novo!

Minha vontade era dar um tapa na cara dela. Mas, ao invés disso, respirei fundo e disse:

- John, leve-la lá para dentro e não a deixe sair antes que eu chegue. Mande o Lil trancar ela em algum canto e ficar observando-a. Entendeu?
- Sim, senhor.

Eu praticamente corri até a garagem, ignorando veemente os gritos da garota após minha saída.
Entrei no carro e girei a chave. Eu precisava ver minha mãe.


Barbara POV

Os braços do segurança se fecharam em volta de mim mais uma vez, fazendo-me protestar. Eu não queria entrar naquela casa e ficar trancada lá dentro. Não queria ter o tal Lil me observando. Eu estava com medo.
Mas em nenhum momento me arrependi de ter ido ali, porque meu ódio era muito maior do que o medo. Quando eu vi Pattie desmaiar, não resisti a fuçar a agenda dela e achar o endereço daquele vagabundo. Ir até ali não foi uma escolha. Eu tinha que fazer aquilo.

- Me solta! Me solta!
- Melhor ficar quieta, mocinha.

O segurança abriu a porta e me levou para dentro com certa dificuldade, pois eu me debatia em seus braços.

- Sr. Za? - ele disse, ofegante e tentando me parar.
- Sim? - um homem alto e moreno levantou de um sofá. Devia ser o Lil.
- O Sr. Bieber pediu para que cuidasse da garota enquanto ele não chega. - Cuidar. Bufei, revirando os olhos. Que maneira mais interessante de dizer a verdade-
- Quem é ela? - Lil perguntou com um toque de incredibilidade na voz.
- Eu não sei, senhor.
- Solte-a.

Ele me soltou imediatamente e voltou para fora, fechando a porta.  Eu me abracei.

- Quem é você? - Lil me perguntou.
- Barbara - respondi. - "Amiga" da mãe dele. 

Senti todos os olhares da sala em mim, e corei com isso.

- Hmmm. E o que faz aqui?
- Eu vim dar um recado.

Ele arqueou uma sobrancelha de um modo engraçado.

- E por quê o Bieber quer que eu "cuide de você"? 
- Porque ele é louco.
- Oh. Não fale isso na frente dele.
- Eu já falei coisas piores.
- Certo. Apenas sente-se. -Levei as mãos à cintura.-
- Eu quero ir embora.
- Não dificulte as coisas... Se o Bieber pediu para você ficar, ele tem motivos e preciso manter você aqui.

Eu não ia vencer. Desisti, atravessando a sala e sentando-me numa poltrona. Lil voltou ao sofá onde estava sentado e pegou um controle de vídeo-game, continuando a jogar com um garoto morena que estava ao seu lado.
Suspirei e cruzei os braços.
Percebi que um dos garotos me observava. Ele não tirava os olhos de mim por um segundo, o que me deixou meio desconfortável.

- Você é muito gata - disse ele por fim.
- Valeu?

Ele concordou com a cabeça. Um assobio percorreu os lábios do outro garoto que estava jogando vídeo-game com Lil.

- Ryan - ele disse num tom de repreensão.
- Apenas expressando a realidade - Ryan falou, e o outro que chamou a atenção balançou a cabeça negativamente.

Durou uma eternidade. Abri a boca várias vezes para dizer que queria ir embora, mas a fechei quando percebi que seria um esforço inútil. Se Justin não tivesse passado pela porta no exato segundo em que passou, eu teria dormido.
Torci o nariz quando ele me olhou.

- Ótimo. Já posso ir para casa? - perguntei num tom de nojo, desejando não ter que olhar para a cara dele.
- Acha que é assim? - ele retrucou. - Precisamos ter uma conversa.
- Não tenho nada para conversar com você. Agora, se me dá licença... 

eu disse, me levantando e andando até a porta. Ele segurou meu braço no exato momento em que passei por ele.

- Não, eu não te dou licença.

Eu puxei meu braço violentamente de sua mão.

- Escuta aqui. Eu já disse para não tocar em mim de novo. Não tenho absolutamente nada para conversar com uma pessoa tão estúpida como você. Eu te fiz um favor vindo até aqui. Eu te avisei e você devia me agradecer ao invés de me fazer esperar sei lá quanto tempo para no fim vir me dizer que precisamos conversar. Foda-se você. Me esquece. Vê se morre!
- Você... - Ele foi se aproximando de mim, me fazendo andar para trás instintivamente até sentir a parede em minhas costas, e apertou meus dois braços tão forte que parecia que suas mãos eram feitas de ferro. - Você é louca, garota!
- Ei, Bieber, calma cara! - Ryan quase gritou, vindo até nós e afastando Justin de mim. - Está machucando a garota.
- Essa é a intenção! Eu vou matar essa vagabunda do caralho!
- Mate. Me mate e queime meu corpo. Seja homem para isso.
- Calma os dois aí! - Lil gritou. - Se controlem. Deixe a garota ir, Bieber. Creio que ela não te fez nada.
- Ela nasceu! - Ele se contorceu, incapacitado de sair do aperto de Ryan.
- Você também nasceu e não posso te matar por isso. Quer dizer, não devo. Mas, se você continuar agindo assim, deverei. Vá, Barbara. E tente ficar longe do Bieber. Parece que vocês não se dão muito bem.
- Com prazer - eu disse e abri a porta.

Praticamente corri até meu carro, aliviada por estar longe de tudo aquilo.
Lágrimas de pura raiva rolaram pelo meu rosto quando eu comecei a dirigir pela rua.
Eu odiava ele.


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