31.1.14

Forget Forever - 4º capítulo

2

"Eles me odeiam porque fazemos o que eles não podem." - That Power, Will.I.Am feat. Justin Bieber


                                                                                           Justin POV


Eu estava no Brooklyn, vendendo drogas como de costume. Eu matei o Adam, aquele imprestável tinha que morrer mesmo. E eu não conseguia parar de pensar naquela garota estúpida que conseguia me irritar de uma forma inexplicável. "Eu não tenho medo de você." Como podia? Todo mundo tem medo de mim, todo mundo tem que ter medo de mim. Mas ela não me conhecia, e talvez isso explicasse. Ela tinha que manter distância, porque sinceramente, matar ela me traria problemas.
Droga, por que eu estava pensando tanto nisso? Era só mais uma patricinha chata e irritante, mesmo que fosse gostosa.
- Bugg, cuida de tudo aí, vou em uma boate comer umas putas, não estou com saco para ficar aqui hoje.
- Falou.
Levantando-me, entrei no galpão e segui para a garagem, onde peguei meu carro e fui para a boate. Minha 38 estava em minha cintura, eu tinha que andar armado sempre.
Sem prestar muita atenção, eu escolhi uma das vadias que vieram pra cima de mim e levei pro motel que ficava na frente da boate. Sorte dela que eu estava bonzinho, porque senão comeria ela ali na frente de todos.
No dia seguinte voltei para casa, na verdade eu nem sabia porque estava fazendo isso, eu costumo sumir por dias sem dar notícias.
- Justin? - disse minha mãe ao me ver. Ela estava com os olhos inchados, parecia ter passado a noite inteira acordada.
- O próprio.
- Meu  Deus, onde você estava? Eu fiquei tão preocupada.
- Relaxa, você sabe onde eu estava.
- Nem vem. - Subi as escadas.
Me olhando decepcionada, ela voltou ao lugar que estava antes de eu aparecer.
Chegando ao meu quarto, eu tomei um banho e depois assisti um jogo de basquete na TV. Eu não prestava atenção, até porque nunca faço esse tipo de coisa. Quando terminou, peguei a chave do carro e saí. Assim que estava na rua, olhei pela janela e vi aquela garota chata no portão com um cara. Ele mexia no cabelo dela com uma mão e a outra estava em sua cintura. Ela sorria feito uma idiota para ele, nossa, que cena mais patética. Ugh.
Então a patricinha irritante tinha namorado? Revirei os olhos e acelerei.

Barbara POV


Eu estava me despedindo de Will no portão quando um carro saiu da casa da Pattie. Acho que era aquele garoto estúpido, sei lá.
- Que foi? - perguntou Will quando me viu encarando o carro.
- Nada. - Dei de ombros.
- O Bruno não queria me deixar ir embora.
- Ele gosta muito de você.
- Na verdade eu acho que ele gosta de qualquer um que jogue vídeo-game com ele. - Ele riu.
Ri também.
- Isso é verdade.
- Te vejo mais tarde... Já estou com saudades - disse ele, roçando o nariz no meu pescoço .
- Eu também.
Ele beijou meu pescoço e aquilo fez eu me arrepiar da cabeça aos pés. Em seguida, me puxou pela cintura e me beijou.
- Te amo - sussurrou ele em meu ouvido e se foi.
- Ei!
- O que foi? - Ele se virou.
- Te amo mais.
Ele sorriu com o canto dos lábios e voltou até mim. Me deu um selinho e virou-se de novo.
O resto do dia foi... normal. Passei o dia pra lá e pra cá com a Vic, ela me contando de um cara que tinha conhecido numa festa, dizendo o quanto ele era lindo, interessante, inteligente e tudo mais. Eu só consegui rir, porque já tinha visto esse filme várias vezes: ela se interessava, se apaixonava, então descobria que o cara não era tão perfeito, terminava com ele, chorava comendo chocolate e depois se recuperava, e ficava bem até conhecer outro cara. Era um ciclo interminável.
 Fui para a faculdade, mas Will tinha faltado de novo.
No final da aula, encontrei Igor no corredor. Ele estava todo sorridente.
- Oi Boo! - eu disse animada enquanto o abraçava.-
- Oi Babi! Tenho uma proposta para você.
- Que proposta?
- Eu vou para a Sexy Dance daqui a pouco. Quer ir?
- Hã, eu acho melhor não.
- Por quê? - Ele fez um beicinho.
- Acho que o Will não ia gostar muito.
- Ah, qual é, eu sei o quanto você gosta de dançar.
- Mas, Boo... -ele me interrompeu-
- Sem mas! Você se prende muito por causa dele, nossa.
- Não é questão de se prender. Eu não gostaria que ele fosse com alguma amiguinha à uma balada sem mim.
- Você não vai fazer nada de errado. Já sei, chama ele também.
- Ele está doente.
- Ugh, que droga.
- Então é melhor eu...
- Espera! - Ele sorriu maliciosamente. - Ele não precisa saber que você vai.
- Igor! Não! Isso é errado.
- Eu preferia você solteira, depois que começou a namorar ficou careta.
- Careta não, decente. - Dei um tapinha no ombro dele. - Mas vá, se divirta. Coma todas as putas que for possível.
Ele riu sem nenhum humor.
- Você não percebe mesmo, não é?
- O quê? - Ergui uma sobrancelha, confusa.
- Nada, nada. Tem certeza que não quer ir?
- Tenho, sim. Obrigada pelo convite.
- Não há de quê. - Ele me abraçou. - Agora eu vou lá "comer umas putas."
Eu comecei a rir.
- Vá. Até mais.
- Até mais..
Ele sorriu, me soltou e me deu as costas, voltando pelo mesmo caminho de onde tinha vindo.
Algumas pessoas vieram falar comigo enquanto eu andava até o estacionamento, mas nada interessante. Eu nem conseguia prestar atenção no que as pessoas diziam.
Minha vida estava tão entediante. Eu bem que gostaria de ter aceitado a proposta do Igor. Ou alguma coisa diferente de balada, sei lá, alguma coisa inconsequente, algo que gerasse adrenalina. Eu era assim antes, fazia o que queria e não me importava com as consequências disso. Eu saía para as festas malucas do ensino médio e chegava bêbada em casa, eu andava de moto há 200k/hr e pulava de penhascos com o Igor. Mas aí eu conheci o Will e tudo mudou, eu parei de ser imprudente porque não queria magoá-lo. Meu pai quase morria do coração toda vez que eu cometia algum ato insano, e creio que ele deve ser grato ao Will até hoje por mudar a minha postura.
Mas eu gostava do perigo, e sentia falta dele. Igor sempre me ajudou nessas coisas, apesar de me proteger do que quer que estivesse me ameaçando. Ele era o melhor amigo do mundo.
Já o Will era diferente. Ele fazia o tipo certinho. Ele não fumava, só bebia socialmente e não saia comendo todas que via pela frente. Obviamente, eu nunca pensei que me apaixonaria por alguém assim. Aliás, um dos maiores medos da minha mãe era que eu me apaixonasse por um bandido. Mas é claro que isso nunca ia acontecer.


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