23.8.14

Don't Say Goodbye - 71

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-Onde vão?-perguntou Ryan após descer as escadas.
- vou levar ela no hospital- respondeu Justin enquanto abria a porta para mim.
- ah sim, quer que eu vá?
- não precisa.
- vão voltar para almoçar?
- acho que não, qualquer coisa eu ligo.
- ok, boa sorte.

Ele me ajudou a ir até o carro mas logo voltou para a casa, Justin deu a volta e entrou dando partida.

- me empresta seu celular- pedi e ele assentiu me entregando.

Peguei o mesmo e liguei o gps, só havia um hospital na cidade vizinha que eram quase  3 horas já que aqui era totalmente rural.

- onde eu devo entrar?-perguntou.
- precisa ir reto até a proxima saida.
- é muito longe?
- 3 horas- disse e ele arregalou os olhos e em seguida bufou.

Virei meu rosto fitando a paisagem, as vezes eu me pego pensando no que aconteceria se eu não tivesse ido para o Canada, Emma não ficaria com Chris? Olivia com Ryan? e Justin, ele iria ficar com quem? Quem iria montar uma familia com ele? Eu nunca mais veria meu irmão e minha mãe? Era tudo tão perfeito, tão calmo, tão eu. Um silêncio predominava todo este lugar, o vento fazia as folhas das arvores balançarem em sincronia, as plantações que cresciam a cada momento, era tudo tão verde, tão natural. Ainda me lembro dos dias que vinha fugir da realidade, era tão dificil e aqui me ajudava, era como se aqui me livrasse de minha vida, de meus trabalhos, meus estudos, de tudo. Nunca foi facil, sou uma garota que foi tirada de minha mãe ainda criança, tive minha época de adolescia que por sinal, foi a pior, por mais que meu pai quisesse me ajudar, ele não me entendia, quantas noites eu chorava, quantas noites eu pensava se tudo aquilo fosse diferente. Por mais dinheiro que tinhamos eu não era feliz, quando chegou na faculdade acabei escolhendo medicina, não pelo dinheiro e sim por que eu gostava de cuidar de pessoas mas isso as vezes não é facil, não é sempre que eu consigo salvar e com tudo isso me sinto culpada, quantas pessoas já se foram em minha mesa, quantas pessoas me culparam pelo destino. Mas eu só fazia isso para me ocupar, para não precisar passar o tempo lá, deitada chorando por algo que não tinha, mas como dizer, querer não é poder.

- tudo bem?-perguntou Justin me tirando de meus pensamentos.
- sim.- sorri forçado e ele apenas voltou sua atenção para a estrada.

Me assustei ao sentir algo em minha cocha, mas era apenas sua mão, o olhei e fiquei fitando.

Ele era tão perfeito, cada traço, cada detalhe, ele era maravilhoso, não só fisicamente mas também por dentro, ele era um grande garoto, mesmo pela idade ele já era um homem, ele cuida de mim como se fosse sua propriedade, me trata como rainha e mesmo com brigas ele continua com seus carinhos, com seus elogios, com seu sorriso que só de olhar me deixa sem folego, ele era meu homem que a cada minuto me deixa mais e mais orgulhosa.

.....

- Bom, felizmente você não quebrou.
- graças- disse sorrindo.
- mas precisa ter muito cuidado, vou passar um remédio para desinchar e nada de colocar peso e tente o maximo possível colocar ele em cima de algo, e você, cuide dela, não a deixe andar muito.

Justin assentiu e pegou a receita que ele havia entregado.

- obrigada Dr.- disse e ele assentiu.
- espero não ver-los mais por aqui.
- eu também- respondi e ele sorriu.

Ele se despediu e assim saimos de seu consultório.

- segura aqui- pediu Justin me entregando o papel e minha bolsa.

Ele desligou o alarme do carro e em seguida abriu a porta para mim. Após eu entrar o mesmo fechou a porta e deu a volta entrando no carro e dando partida. Sem trocar nenhuma palavra ele seguiu até a proxima farmacia, após estacionar saimos e seguimos para dentro da mesma.

- " Bom Dia, como posso ajudar?"- perguntou a moça fitando Justin.
- sorry, i don't speak Portuguese.- disse Justin e ela sorriu assentindo.
- " aqui "-  disse apenas entregando a receita e ela saiu mas rapidamente voltou com uma caixinha.

Ela me entregou porém ficou secando Justin, segurei em seu braço e o sai puxando até o caixa, após pagar voltamos para o carro.

- o que foi?-perguntei após Justin começar a rir.
- você é muito ciumenta, sabia?

Apenas revirei o olho dando de dedo, ele segurou minha mão e a beijou me fazendo sorrir.

- você é um fofo, sabia?
- sim, eu sou foda- disse convencido me fazendo o estapear.
- ai, doeu.
- fresco.

Continuaaaaaa???

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