Prevent Our Demons — 12

Lindy is dead

          P.O.V. Merallyn Mendler

Acordei com a claridade do sol invadindo meu quarto,por fim,eu continuei ali no chão. Minhas costas doíam,meus olhos estavam doloridos e todos os meus músculos se contraiam em dor.

Me remexi,levantando-me com um pouco de dificuldade e seguindo até o banheiro.

Olheiras em mim,eram profundas,meus olhos e bochechas estavam inchados e meu rosto vermelho.

Tomei um banho frio,apenas para despertar,já que meu estado estava critico.

Sai do banho apenas de toalha e com o cabelo em um coque,fui até o closet escolhendo uma roupa e a vestindo.

Voltei ao banheiro,terminando de fazer tais higienes matinais. Deixei meu cabelo como estava,saindo do quarto em seguida.

Fui andando em direção ao dormitório masculino,pra ver se Justin e Chaz já estariam prontos,mas me assustei com tal movimentação no salão principal.

              – Hey,o que houve? — perguntei assustada,vendo muitos ali chorando,enquanto outros estavam espantados. – Luke? — o chamei sentando-me ao seu lado e vendo que,de todos ali,ele era o que mais chorava.

              – Ela se foi,Merallyn. — falou soluçando.

Comecei a ficar nervosa,encarando todos os rostos dali. Ambos estavam sem expressão alguma mas aparentavam abatidos.

              – Mestre? — disse vendo que Mestre Lee também chorava e se encontrava ali.

              – Ela morreu,Mel. — disse Luke cortando Mestre Lee que já iria dialogar. – A Lindy morreu. — e então,ele me olhou.

              – O que? — sussurrei abismada.

Coloquei as mãos na boca,sentindo minha respiração falhar e lágrimas começarem a descer.

               – NÃO! —gritei,levantando-me. – ELA NÃO PODE TER MORRIDO. — gritei mais uma vez,ficando totalmente sem chão.

Escutei pessoas me chamando porém não dei ouvidos. Minhas pernas perderam a força e eu cai no chão, chorando como uma criança.

Senti braços fortes me abraçando devagar e,assim que indentifiquei Luke,o apertei ainda mais.

Não era a pessoa mais próxima de Lindy,mas ela,poxa,era uma grande amiga. Sempre me deu conselhos,me ajudou e foi minha parceira de risadas. Sempre esteve feliz e tagarelando o tempo todo de como seu namorado era perfeito. Sempre alegrando nosso dia com seu bom humor. É uma pena ter que engolir a ideia de não ter mais isso. De não ter mais ela.

Momentos nossos se passaram por minha mente,da primeira vez que nos conhecemos,primeira vez que víamos um filme juntas,primeira vez que achou que eu estava louca por ter ouvido vozes.

Vozes. Eu ainda não as decifrei mas tenho uma teoria. Se alguém lhe enviar um sinal,seja como for,o ouça. Não seja estupida como eu e espere as consequências. Agora percebo,que sim,eu vou morrer com a culpa.

Se eu tivesse ouvido aquelas vozes,droga,eu a matei. Eu matei a Lindy.

Tirando-me de todos os meus pensamentos, um dos Praguehunters entrou no salão principal,visivelmente assustado.

              – Vocês precisam ver isso,é sobre a Lindy. — todos nós nos encaramos e então começamos a seguir o garoto que,até então,continuava assustado.

O garoto nos levou até a enfermaria onde — o que eu não sabia. — se encontrava o corpo de Lindy,totalmente desfalecido.

Ver seu corpo daquela forma,sem vida,fazia minha angustia aumentar e a culpa corroer cada veia do meu corpo.

               – O que houve? — perguntei confusa vendo que nada ali havia mudado.

              – Senhorita Mendler, permita-me explicar? — perguntou a enfermeira. Assenti. – Bom,isso pode assustar,mas pelo poder de Lindy,torna-se uma coisa normal. Investigamos todas as células de seu corpo e pudemos comprovar vestígios de gravidez. Lindy estava gravida quando morreu.

Assim que a doutora disse tais palavras,pessoas que estavam ali se chocaram,minha respiração falhou e mão de Luke,na qual eu segurava para dar conforto,foi ficando gelada,seu rosto perdendo a cor e ele ficou estático.

               – Oh meu Deus. — sussurrei assustada. – O bebê também morreu? — perguntei.

              – Não. — arregalei os olhos com sua resposta. – Lindy estava com sete meses,ele nasceu prematuro porém sua saúde está impecável.

              – Pelo amor de Deus,doutora. — falou Luke pela primeira vez. – Cadê meu filho?

                – Vou pedir que uma das enfermeiras o traga...

                – Não! — falei chamando a atenção de todos ali. – Como assim? Lindy nem tinha barriga de gravida,muito menos com 7 meses,me desculpe doutora mas eu acho que você está ficando maluca. — disse dando uma risada sarcástica.

              – Ah é? — perguntou irônica. – Blaine,traga o bebê. — falou para um das enfermeiras que estavam ali.

A enfermeira se retirou. Encarei Luke que também continuava estático e me encarando com um olhar totalmente perdido.

Segundos — talvez os maiores da minha vida. — se passaram. Mãos soando,frio na barriga,ansiedade a flor da pele. E tudo isso,só terminou quando a enfermeira adentrou a sala novamente,segurando um pequeno pacotinho em mãos.

              – Parabéns papai,é um menino. — disse ela entregando o bebê à Luke. 

Todos olhavam aquilo encantados enquanto eu estava assustada. Bom,na verdade,eu estava é mais abismada até porque,pelo menos comigo,Lindy não havia apresentado nenhum sintoma de gravidez.

Mas,no momento em que aquele pequeno garotinho abriu os olhos,não tinha como negar. Ele era filho de Lindy. Os olhos tão azuis como os dela,a pela clara e o desenho da boca,tudo me fazia lembrá-la.

              – Posso pegar ele um pouquinho? — pedi à Luke baixinho.

Ele assentiu me entregando seu filho. Me permiti sorrir por um momento encarando seu rosto. Céus! Ele era tão lindo,me lembrava vagamente Luke,mas o rosto,o rosto era da Lindy.

O nosso presente era ele,a nossa herança de alguém que não existe mais.

O pequeno bebê me olhou fundo em meus olhos e segurou meu dedo.

               “Olá,tia.” — e novamente,ouvi aquela voz dizer.

Talvez eu tivesse louca, mas aquela voz,era dele. Era ele o tempo todo,na barriga de Lindy,e agora em meus braços. Claro Merallyn! É o poder dele,sua burra!

              – Acho que eu já sei qual é o poder dele. — comentei levantando meu olhar.

              – E qual seria? — perguntou Mestre Lee.


              – Telepatia.

Oi Oi Gente! — i like de Kéfera u.u

Bom,como vocês puderam ver,Lindy morreu :( E para as pessoas que não entenderam as vozes que a Merallyn escutava eram as vozes do bebê,okay? Até o próximo meninas,comentem bastante.

PS: Pra mim,a palavra com link não fica azul,não sei com vocês,mas toda palavra que estiver em cinza mais claro que a letra,é com link.