10.2.14

Forget Forever - 6° capitulo

1


Justin POV

- Nós vamos na casa dele agora - decidi.
- Ele tem uma casa? Você sabe onde fica?
- É óbvio. Sim, eu fui lá uma vez.
- Ele mora sozinho?
- Ahã, e não tinha nenhum segurança lá.
- Vamos agora, então. Podemos ter a sorte de ainda achá-lo lá.
- Cadê o Kenny?
Lil revirou os olhos.
- Adivinha?
- Ah, cozinha.
Andei até a cozinha, encontrando Kenny sentado à mesa, comendo bolo.
- Quer? - ele ofereceu.
- Não, Kenny. Eu preciso de você agora.
- Mas e o bolo?
- Esquece o bolo! Nós precisamos ir na casa do Bugg agora.
- Por quê?
- Longa história, te conto depois. Pegue sua 38, nós vamos precisar.
- Tá.
Ele levou o prato até a pia e saiu da cozinha. Eu o segui até a sala e me sentei no sofá enquanto ele subia as escadas.
- Precisamos de um plano - declarou Lil.
- Pra quê? É só chegar lá e matar ele.
Lil bufou.
- Você faz tudo parecer tão simples. Nem sei como você conseguiu montar esse império. Não é assim, Bieber! Pode ter seguranças lá, e pessoas, e podem até mesmo estar nos esperando.
- Tá, e o que nós vamos fazer?
- Eu pensei que em chegar lá, analisar se tem alguém e invadir. Não há como trazermos o corpo, então sei lá, nós podíamos jogar na floresta. Se tiver seguranças, vamos matá-los. Mas o alvo é o Bugg. Precisamos pegar ele.
- Certo.
- Se eu soubesse que aquele desgraçado ia nos dar trabalho... - Lil começou, mas foi interrompido pelos passos barulhentos de Kenny descendo a escada.
- Tá. Vamos. O que vocês vão fazer lá? Pegar algo?
- Não, Kenny. Vamos matar o Bugg.
Os olhos dele se arregalaram.
- Por quê?
- Ele resolveu se revoltar. Vou fazer ele ter uma conversinha com minha arma para acalmar os nervos. Mas, se tiver gente lá, vamos ter que matar todo mundo, ok? E você vai ajudar.
- Ok.
Me levantando, eu peguei a chave de um dos carros na mesa e andei até a porta. 
Fiz um gesto para que os caras me seguissem e tranquei a porta.
Infelizmente, a casa do Bugg ficava parcialmente longe, o que atrapalhava meus planos de acabar logo com isso. Meu sangue ainda pulsava forte de ódio nas veias, a vontade de dar um tiro certo nele aumentando cada vez mais.
Durante o percurso, Lil começou a tagarelar sobre como eu devia ser mais cuidadoso ao selecionar as pessoas que trazia para a equipe. Mandei-o calar a boca na primeira oportunidade - eu não estava com humor para ladainhas.
Quando chegamos, constatamos que não havia ninguém na rua, ou na frente da casa, ou no matagal que rodeava praticamente o local inteiro, e saímos do carro. Fiquei alerta a cada passo que dava, observando atentamente cada milímetro em que pisava.
A casa estava silenciosa. Na verdade, ela parecia abandonada.
- Você acha que eu chamo ou arrombo logo a porta? - Lil sussurrou para mim.
- Arrombe - respondi. - Não seja idiota. Ele pode fugir se você avisar.
Ele assentiu, dando alguns passos calculados para trás, e "voou" de encontro à porta de um jeito que só eu seria capaz de fazer. Ela se abriu no mesmo segundo.
Ele era bom, muito bom.
- Bugg! - eu gritei adentando a casa.
E ninguém respondeu.
- Acho que não tem ninguém - declarou Kenny.
- Ele deve estar em algum lugar. - Franzi os lábios.
- Justin, você procura nos cômodos de cima, eu vou para a direita e o Kenny para a esquerda. 
- Ok - eu disse e subi as escadas.
Vasculhei cada canto do segundo andar, e nada encontrei. Os caras também não deviam ter encontrado porque eu não ouvi nenhuma voz.
Suspirando, passei os dedos pelo cabelo pensando no quanto aquilo ia dar trabalho. Precisávamos achar o Bugg. Eu fui muito estúpido de não ter percebido isso logo de cara.
Derrotado, eu desci as escadas e encontrei Lil e Kenny me esperando no fim da mesma.
- Nada? - perguntou Lil.
- Nada. - Balancei a cabeça negativamente.
- Ah que droga! Ele não pode ter fugido ao nos ver chegando porque eu conferi e não há nenhuma outra saída.
- Lá em cima também não. - Travei o maxilar. - Vamos. Preciso esfriar a cabeça. E precisamos de um novo plano.
- Ok - Kenny e Lil disseram em uníssono.
A volta para casa foi totalmente entediante. Todos nós estávamos entretidos em nossos próprios pensamentos, concentrados em nossos próprios planos e ideias, egoístas demais para dar atenção uns aos outros. Felizmente, o silêncio não me incomodava.
Quando chegamos, eu fui direto para o meu quarto. Tomei um banho e deitei na cama, esperando conseguir prolongar um pouco o tempo que teria até a reunião com toda a equipe para decidir o que fazer a respeito do Bugg.
Maldito.
Eu não estava com sono, e não estava pensando em nada definido até que um par de olhos verdes deu cor aos meus pensamentos.
Yep, os olhos daquela garota.
Franzi a testa ao perceber o quanto aquilo era estranho. Nunca tinha pensado em uma garota antes, aliás, nunca tinha me irritado tanto com uma. Meus nervos ainda se contraiam toda vez que eu lembrava de como ela era cínica ou de como ela sorria para aquele cara que eu não sabia quem era.
Ela me irritava só pelo fato de respirar.
Mas, bom, eu nem sabia porque estava pensando naquilo. 
Balancei a cabeça, simplesmente deixando pra lá. Já tinha dilemas o suficiente.

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